Principais Doenças e Tratamento Nutricional

Muitas Doenças Crônicas Não Transmissíveis são tratadas com nutrição. (procure sempre um profissional para orienta-lo corretamente)

Hipertensão Arterial

Diferença entre Artrite e Artrose

Dislipidemia

Alergia e Intolerância alimentar

Pancreatite

Gastrite

Anemia Ferropriva


Fibromialgia


As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.


Hipertensão Arterial

É um problema de saúde publica pois tem alta incidência populacional.

Fatores de Risco

Vários fatores influenciam os níveis de pressão arterial: dieta rica em açúcar e ou sal (a substância faz o corpo reter líquido, elevando a carga sobre o coração e a pressão arterial), sedentarismo, consumo abusivo de álcool, cigarro, estresse, diabetes, história familiar (filhos cujo um dos pais é hipertenso apresentam 25% de chances de desenvolver a doença. Se o pai e a mãe são hipertensos a probabilidade aumenta para 60%) isso se dá por conta da mesma alimentação que pais e filhos consomem.

Uma dieta equilibrada favorece a normalização da pressão arterial.

Abaixo, veja a classificação da pressão arterial:


Muito se tem falado do sal como vilão,  mas o açúcar é tão prejudicial quanto o consumo de sal. 
Sabemos que a restrição de açúcar e do sal,  acompanhada de hábitos alimentares saudáveis contribui para a redução da pressão arterial, podendo levar à redução da medicação anti-hipertensivo. Os hábitos alimentares influenciam diretamente na morbimortalidade cardiovascular. O estudo realizado por Costa et al (2009) aponta que dietas ricas em frutas e hortaliças e produtos com pouca gordura , diminuem o risco cardiovascular, contribuem para a redução do peso e redução da pressão arterial. A hipertensão arterial não ocorre de forma isolada, sendo que a maioria dos hipertensos apresenta outros fatores de risco cardiovasculares. Muitos desses fatores de risco são modificáveis, assim as recomendações para a mudança do estivo de vida são de extrema importância tanto para a prevenção como para o controle da hipertensão arterial.

 As estratégias recomendadas devem ser voltadas para a cessação do tabagismo e do uso abusivo de álcool, redução do peso entre aqueles com sobrepeso, implementação de atividades físicas, redução do consumo de sal, açúcar e carboidratos simples, aumento do consumo de hortaliças e frutas, além da diminuição de alimentos gordurosos, estímulo ao auto cuidado e promoção a uma vida saudável. 

https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v11n26/pt_revision5.pdf

Diferença entre Artrite e Artrose

Artrite e artrose são doenças distintas, com causas e tratamento diferentes, porém com sintomas que podem ser muito semelhantes, o que costuma causar alguma confusão, fazendo com que as duas condições, que realmente são parecidas, sejam erradamente tratadas como uma patologia única.

Grosso modo, podemos definir a artrose como uma doença que provoca degeneração da articulação, enquanto que artrite é uma doença que provoca inflamação da articulação.

Neste texto vamos procurar explicar de modo simples o que é artrite e o que é artrose, destacando as suas diferenças.

O QUE É UMA ARTICULAÇÃO?

Antes de explicarmos a diferença entre artrite e artrose precisamos esclarecer o que é uma articulação, já que esta é a estrutura comprometida em ambas condições.

Chamamos de articulação toda região onde há conexão de dois ou mais ossos distintos, como, por exemplo, as articulações dos joelhos, cotovelos, punhos, tornozelos, ombros, etc.
As articulações ao longo do corpo não são todas iguais. Algumas articulações são conectadas por um tecido fibroso, que cola um osso ao outro, tornando-os imóveis, como no caso dos ossos do crânio (veja ilustração abaixo).

Há também articulações que são ligadas por cartilagens e permitem uma pequena mobilidade, como os discos vertebrais que unem as vértebras da coluna.

Porém, os tipos de articulação mais famosos são as articulações móveis, que normalmente são ligadas por uma cartilagem e uma bolsa cheia de líquido (líquido sinovial), permitindo amplo movimento dos ossos com mínimo atrito entre eles, como é o caso do joelho, cotovelo, ombros, etc.

O QUE É ARTRITE?

Na ilustração ao lado, mostramos em cores diferentes todos os ossos do crânio. Notem como eles estão grudados entre si e não se movem. A exceção é a articulação que liga a mandíbula ao osso temporal (têmpora), chamada de articulação temporomandibular (ATM). Esta articulação é obviamente móvel, caso contrário não seríamos capazes de abrir e fechar a boca para falar e mastigar, por exemplo. Esta articulação possui sinóvia, ou seja, cartilagem e líquido entre os ossos, permitindo sua mobilidade.

Artrite é o nome que damos quando há um processo inflamatório das articulações; falando de modo mais simples, quando uma ou mais articulações estão inflamadas. Se você não entende bem o conceito de inflamação, sugiro uma rápida pausa para a leitura do texto: O QUE É INFLAMAÇÃO? O QUE É UM ABSCESSO?

Os principais sintomas da artrite são dor, vermelhidão, inchaço e dificuldade para mover uma ou mais articulações.

Existem várias doenças que podem cursar com artrites, entre elas podemos citar:

  • Artrite reumatoide.
  • Lúpus.
  • Febre reumática.
  • Gota.
  • Psoríase.
  • Síndrome de Reiter (artrite reativa).
  • Doença de Crohn.
  • Espondilite anquilosante.
  • Granulomatose de Wegener.
  • Outras doenças autoimunes.
  • Artrite séptica.
  • Traumas.

Chamamos de poliartrite quando 4 ou mais articulações encontram-se inflamadas ao mesmo tempo. As poliartrites costumam ocorrer em doenças sistêmicas como no lúpus e na artrite reumatoide. Monoartrite é quando apenas uma única articulação apresenta inflamação; ocorrem geralmente na gota ou na artrite séptica (artrite infecciosa).

A causa mais comum de artrite, porém, é a artrose. É dela que vamos falar a seguir.

O QUE É ARTROSE?

A artrose, também chamada de osteoartrite, osteoartrose ou artrite degenerativa, é uma artrite que ocorre por degeneração das cartilagens das articulações. A cartilagem é um tecido que serve como "almofada" ou "amortecedor" entre dois ossos.

Artrose

Dos mais de 100 tipos de artrite conhecidos, a osteoartrose é o mais comum. Ela pode acometer qualquer articulação que tenha cartilagem, porém, na maioria dos casos a doença ataca as articulações das mãos, joelho, quadril e coluna. A osteoartrose pode acometer uma ou várias articulações ao mesmo tempo.

A degeneração da cartilagem na artrose ocorre geralmente pelo envelhecimento da mesma. Podemos dizer que ela vai "gastando" ao longo dos anos, até o momento que os ossos passam a entrar em contato direto um com outro, fazendo com que o atrito dos movimentos também leve a lesão destes.

Este processo de destruição da cartilagem, e posteriormente dos ossos, causa incapacitação da articulação afetada uma vez que qualquer movimento torna-se muito doloroso.

Além da idade, outros fatores contribuem para o aparecimento das artroses, tais como a genética, obesidade, diabetes, hipotireoidismo, etc.

Todas as causas de artrite citadas anteriormente também podem acelerar a destruição das cartilagens, podendo causar osteoartrose precocemente.
Os principais alimentos que prejudicam estas doenças  são o açúcar,  o glúten e os alimentos ultraprocessados. 

Dislipidemia

Aumento dos lipídeos (colesterol e triglicerídeos) séricos que normalmente estão relacionados ao aumento de risco para o desenvolvimento de aterosclerose. 

Há duas formas de classificação:

-Primária: é de origem genética.

-Secundária: decorrente do estilo de vida inadequado ou de alguma doença que altere o metabolismo lipídico e glicídico, por ex. a diabetes ou ainda pelo uso continuado de determinados medicamentos.

Além de procurar um médico para tratamento e acompanhamento, o  acompanhamento com Nutricionista é de suma importância, para indicar uma dieta equilibrada.

Uma dieta rica em fibras e ômega 3 será indicado.   Além de uma alimentação equilibrada e balanceada. 


Alergia e Intolerância alimentar


 Muitas pessoas desconhecem que existem diferenças entre a alergia alimentar e a intolerância alimentar. A alergia alimentar, ou hipersensibilidade ao alimento, se trata de uma resposta do sistema imunológico a uma determinada proteína contida no alimento. Já a intolerância alimentar é uma resposta exagerada do organismo causada pelo consumo de determinados alimentos, porém não há a participação do sistema imune nessa resposta. Já a intolerância à lactose é uma desordem metabólica na qual a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarreia. Portanto, a intolerância à lactose não é uma alergia alimentar, apesar de frequentemente confundida. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados. Diagnóstico O diagnóstico da alergia alimentar é de difícil precisão e feito sempre sob a orientação médica. O método mais utilizado é o de abolir o consumo dos grupos alimentares suspeitos por um período de tempo determinado e depois voltar a inclui-los na alimentação e observar o aparecimento dos sintomas. Outro exame típico é o teste sensibilidade cutânea, além da análise minuciosa do histórico clínico do paciente. O diagnóstico da intolerância alimentar é geralmente feito a partir de um levantamento clínico do paciente, incluindo frequência alimentar, exame físico, testes bioquímicos e imunológicos. Fonte: Nutricionista do Hospital Moinhos de Vento - Rosemeire Lima Lessi.

Pancreatite

A pancreatite é a inflamação do pâncreas, uma glândula localizada na parte superior do abdome, atrás do estômago, cuja função é produzir hormônios, sobretudo a insulina, responsável pelo metabolismo da glicose, e fabricar enzimas que ajudam a digerir gorduras e proteínas. 

CAUSAS E SINTOMAS

"Nos episódios agudos, o principal sintoma é uma dor abdominal de forte intensidade, localizada na porção superior do abdome que se irradia para os lados e para as costas em pelo menos metade dos casos. Essa manifestação quase sempre começa abruptamente e pode ser acompanhada de náuseas e vômitos. Na inflamação crônica do pâncreas, a dor se evidencia da mesma forma intensa, porém tem início menos súbito, duração maior e é recorrente. Em fase mais avançada da doença, o indivíduo apresenta diarreia de intensidade variável, por não conseguir digerir e absorver a gordura dos alimentos, eliminando fezes volumosas, que boiam no vaso, por conta de seu conteúdo gorduroso, e de odor muito forte, além de sintomas característicos do diabetes. 

A primeira grande causa da pancreatite é o cálculo biliar, conhecido como pedra na vesícula. Especialmente os cálculos pequenos são problemáticos, pela sua capacidade de obstruir os canais por onde as secreções fabricadas pelo pâncreas são levadas ao intestino. Quando isso acontece, a glândula se inflama porque não consegue escoar de forma adequada a sua produção de enzimas. 

Já o segundo maior culpado por essa doença é o alcoolismo. Quando ingerido em grande quantidade, por tempo prolongado, o álcool vai alterando progressivamente o tecido pancreático, que fica fibroso, endurecido e atrofiado. A pancreatite aguda associa-se mais frequentemente à presença de cálculos, enquanto o alcoolismo está mais relacionado à pancreatite crônica, embora também provoque episódios agudos. Essas duas causas respondem por cerca de 80% dos casos da doença. Os demais podem decorrer de alterações no metabolismo de gorduras - níveis de triglicérides muito elevados -, e do uso prolongado de alguns medicamentos, entre outros motivos mais raros." Como o álcool é um dos grandes causadores da pancreatite, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser feito com moderação ao longo de toda a vida para evitar esse tipo de complicação. As pessoas com história de inflamação pancreática motivada por álcool jamais devem voltar a beber. Por sua vez, quem tem cálculos biliares precisa discutir, com seu médico, a possibilidade de retirar as pedras e a própria vesícula para prevenir uma possível pancreatite futura. Muitas vezes, a presença dos cálculos, especialmente dos pequenos, passa despercebida, por não produzir sintomas, mas aumenta consideravelmente o risco de o indivíduo sofrer uma inflamação aguda.                                                https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/pancreatite

Alguns alimentos permitidos:

  • Ovos cozidos;
  • Arroz branco, lentilha, feijões;
  • Batata inglesa, especialmente na forma de purê;
  • Peixe e frango sem pele; evite carne vermelha (nunca coma gordura animal)
  • Legumes cozidos como abóbora, chuchu, cenoura, beterraba, abobrinha refogada
  •  *com acompanhamento de nutricionista

GASTRITE

As doenças do estômago costumam provocar muitos incômodos. Dores estomacais, queimação, acidez e refluxo são alguns dos sintomas mais conhecidos de uma gastrite. Mas o que fazer quando a causa desses problemas não é uma inflamação, mas estresse e ansiedade?

José Eduardo Trevizoli, chefe da Gastroenterologia do Instituto Hospital de Base de Brasília, explica que o termo gastrite nervosa, apesar de ser bem conhecido por todos, não é correto. "Gastrite é um processo inflamatório, então toda vez que você tem uma inflamação no estômago você tem uma gastrite. A gastrite pode ocorrer por diversos motivos, por exemplo, por uma infecção por bactérias, por medicamentos ou por álcool. As pessoas confundem manifestações decorrentes de outras situações que influenciam o funcionamento do aparelho digestivo, como o estresse, e chamam isso de gastrite, mas não é. Se não tem inflamação, não é gastrite", explica.

Apesar de existirem várias causas possíveis para as doenças estomacais, algumas delas podem ser provocadas por problemas emocionais.  "Que devem ser tratadas como tal, problemas emocionais"

Os principais cuidados com a alimentação

Trevizoli explica que mesmo nos casos em que essas manifestações de sintomas não se tratem de uma gastrite real, é sempre preciso tomar cuidados com a alimentação. "Todos nós devemos ter atenção com a alimentação, afinal é o nosso combustível. É preciso entender que só pelo sabor ser agradável na boca não significa que eu vou ter a capacidade para digerir aquele alimento. Apesar de não ser o único ponto a ser considerado nesse caso, é importante também", esclarece. 

https://www.blog.saude.gov.br/

Dicas de alimentação:

Não beber refrigerante, café,  fritura e comidas gordurosas. Evitar o consumo de chocolate, leite, trigo, açúcar  e o que mais lhe fizer mal. 

Anemia Ferropriva 

Ela é a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo - estima-se que 500 milhões de pessoas sejam anêmicas. As mulheres estão em maior risco e as fases da vida de maior vulnerabilidade são: até os 4 anos de idade, durante a adolescência, durante a vida reprodutiva da mulher e durante a gestação. Esses grupos de risco precisam de atenção redobrada.

E se você adepto de dieta vegetariana?
Se não for o mais recorrente de todos os mitos, o ferro certamente está entre os mais frequentes quando o tema é a nutrição vegetariana. No entanto, a incidência de anemia ferropriva (por deficiência de ferro) não é maior na população vegetariana quando comparada à população onívora. Na verdade, ela é a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo - estima-se que 500 milhões de pessoas sejam anêmicas. As mulheres estão em maior risco.

 Os cuidados compreendem a seleção de boas fontes do mineral, a inclusão de alimentos que melhoram a sua absorção e a exclusão de alimentos que a atrapalham. Suplementação de B12 é essencial.

 Boas fontes vegetais de ferro são as leguminosas (com destaque para a lentilha, o grão-de-bico, a soja e o tofu), as castanhas e sementes (com destaque para as sementes de abóbora, de gergelim e a castanha de caju), os vegetais verde-escuros (especialmente a couve), as frutas secas (damasco, ameixa e uva-passa) e o melaço da cana-de-açúcar. Alguns cereais integrais também ajudam a complementar a ingestão de ferro entre os vegetarianos. Todos esses alimentos devem estar presentes em abundância na dieta vegetariana.

É notável que estes mesmos alimentos ricos em ferro sejam também boas fontes de cálcio e muitos deles também de proteínas. Ou seja, uma dieta vegetariana que esteja adequada em proteínas e em cálcio, estará necessariamente adequada em ferro. Há, no entanto, uma exceção a essa regra: se o cálcio estiver vindo primariamente dos laticínios, a ingestão de ferro poderá ser prejudicada, pois os laticínios estão entre as fontes mais pobres de ferro que existem. Toda vez que um vegetariano escolhe usar os laticínios como fonte de proteína ou de cálcio, ele opta por consumir uma fonte pobre em ferro. Isso é o mesmo que dizer que ele deixa de consumir uma boa fonte de ferro, já que essa proteína ou cálcio poderiam ter vindo acompanhados do ferro tivesse ele escolhido, por exemplo, uma castanha, uma leguminosa ou o tofu no lugar do derivado lácteo. Esse é um ponto crucial na questão do ferro na dieta vegetariana: a maioria dos vegetarianos que desenvolve anemia ferropriva o faz porque inclui na dieta uma quantidade grande de um alimento pobre em ferro (laticínios), o que acaba por roubar o espaço de outro alimento que poderia ter sido escolhido dentre as boas fontes de ferro. O alerta é bastante claro: os lacto-vegetarianos e os ovo-lacto-vegetarianos têm maior probabilidade de desenvolver anemia ferropriva do que os vegetarianos estritos . Alimentos refinados como o açúcar branco e a farinha também são fontes nulas de ferro. Prefira as versões integrais e o seu aporte de ferro aumentará. 

O ferro encontrado nas carnes é composto em 40% pelo ferro do tipo heme e 60% pelo ferro do tipo não-heme. Já o ferro encontrado nos vegetais é composto em sua totalidade pelo ferro do tipo não-heme. O ferro do tipo heme é mais bem absorvido do que o ferro do tipo não-heme, derivando daí a noção de que o ferro da carne é de melhor qualidade. Mais uma vez, o fato de um tipo ser mais bem absorvido não significa que o outro tipo seja absorvido de maneira insuficiente. O que ocorre com o ferro do tipo não-heme é que o organismo possui uma melhor habilidade de controlar o quanto irá absorver dependendo do status de ferro no organismo e da quantidade de ferro ingerida em uma única refeição. Já com o ferro do tipo heme, o organismo absorve uma taxa fixa, com uma menor capacidade de reduzi-la quando a oferta de ferro é muito alta, podendo inclusive ocasionar uma absorção exagerada do mineral. Ademais, apenas 40% do ferro contido na carne é do tipo que é mais bem absorvido (heme), sendo o restante do mesmo tipo que o ferro encontrado nos vegetais (não-heme).

 Para melhorar a absorção do ferro não-heme, uma boa fonte de vitamina C deve ser incluída na dieta. A lista de alimentos fontes de vitamina C vai além dos sucos cítricos frescos, estendendo-se a outras frutas como o morango e a goiaba, entre tantas outras, além de hortaliças frescas (como a couve, por exemplo). A maioria dos alimentos que são frescos, são ricos em vitamina C. Para que a vitamina C tenha ação na absorção do ferro, é importante que ela seja consumida na mesma refeição rica em ferro, e não em uma refeição separada. A distribuição dos alimentos fontes de ferro ao longo de refeições distintas (ao invés de concentrados em uma única refeição) é outro fator importante para otimizar a absorção do ferro não-heme.

Os laticínios interferem na absorção do ferro.   

https://www.nutriveg.com.br/ferro-na-dieta-vegetariana.html

Os onívoros, podem optar por carnes vermelhas (em pequenas quantidades), peixes, ovos, fígado de boi ou galinha.

O tratamento para a anemia ferropriva é feita por meio de suplementação de ferro por aproximadamente 4 meses e uma dieta rica em alimentos que contenham ferro, como feijão preto, carne e espinafre, por exemplo. 

Sinais e sintomas da Anemia Ferropriva

Inicialmente a anemia ferropriva apresenta sintomas sutis que nem sempre são percebidos pela pessoa, mas à medida que a falta de ferro no sangue vai se agravando, os sintomas se tornam mais aparentes e frequentes, sendo eles:

  • Cansaço;
  • Fraqueza generalizada;
  • Sonolência;
  • Dificuldade para praticar exercícios;
  • Tontura;
  • Sensação de tontura ou desmaio;
  • Palidez cutânea e das mucosas dos olhos;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos da memória;
  • Dor de cabeça;
  • Unhas fracas e quebradiças;
  • Pele seca;
  • Dor nas pernas;
  • Inchaço nos tornozelos;
  • Queda de cabelo;
  • Falta de apetite.



Fibromialgia

Pacientes com FM frequentemente relatam intolerâncias alimentares específicas. Por isso, a dieta adotada deve ser anti-inflamatória e, de forma geral, exclui alimentos ultraprocessados, glúten, laticínios, álcool, histaminas, glutamato, cafeína e FODMAPs (carboidratos não digeridos pelo organismo, responsáveis por gases e distensão abdominal).

A fibromialgia (FM) é uma doença reumática crônica caracterizada por dor miofascial generalizada, de etiologia desconhecida, com grande impacto na qualidade de vida.

 Entretanto, o componente psicossomático da doença deve ser levado em consideração. Por isto, o tratamento é sempre multiprofissional.

SUPLEMENTAÇÃO NA FIBROMIALGIA

1- Coenzima Q10: melhora a produção de energia nas mitocôndrias e tem ação antioxidante. Existe coenzima Q10 em alimentos como sardinha, espinafre e brócolis. Mas quem tem fibromialgia precisará de quantidades superiores, obtidas a partir da suplementação. Essencial após os 30 anos e a qualquer momento para quem toma estatinas (medicação para redução do colesterol).

2- Magnésio dimalato: promove o relaxamento muscular, aumenta a vasodilatação, diminui a inflamação, reduz cãimbras, melhora o sono, controla a pressão arterial, auxilia a eliminação de toxinas e a produção de energia mitocondrial.

3- Creatina: aumenta a reciclagem de energia, contribui para a manutenção da massa magra, melhora a sensibilidade a insulina e ajuda a diminui a dor.

Estudos mostram que pacientes com fibromialgia também podem ter deficiência de aminoácidos de cadeira ramificada (leucina, isoleucina e valina), assim como de triptofano. Em uma recente revisão também foi demonstrado que deve-se atentar aos níveis de magnésio, L-carnitina e S-adenosilmetionina, nutrientes importantes para redução da inflamação e geração de energia na célula. Por fim, a sensibilidade ao glúten também parece aumentar as manifestações dolorosas nos pacientes com fibromialgia. Por isto, uma dieta livre de trigo, cevada e centeio é preconizada (Rossi et al., 2015).

FODMAPs

Alguns alimentos que fermentam e devem ser evitados: 

Frutas: Maçã, damasco, abacate, amora, cereja, figo, sucos de fruta, lichia, manga, nectarina, pera, caqui, ameixa, melancia.

Vegetais: Aspargo, alcachofra, beterraba, couve-flor, chicória, milho, alho, cebolinha verde (a parte branca), cogumelo, quiabo, cebola, ervilha, feijão.

Laticínios : Coalhada, queijo cottage, pudim, sorvete, leite (vaca, cabra, ovelha), nata, leite de soja, iogurte.

Conclusões: 

A implementação de dietoterapia envolvendo restrições de FODMAP, em pacientes com Fibromialgia, resultou em uma redução significativa nos distúrbios gastrointestinais e nos sintomas da FM, incluindo os escores de dor. 

Referência: Marum AP, Moreira C, Saraiva F, Tomas-Carus P, Sousa-Guerreiro C. A low fermentable oligo-di-mono saccharides and polyols (FODMAP) diet reduced pain and improved daily life in fibromyalgia patients. Scand J Pain. 2016;13:166-172. doi:10.1016/j.sjpain.2016.07.004